Fandango Gaúcho
No Rio
Grande do Sul, o Fandango apresenta um conjunto de vinte e uma danças, cada
qual com nomes próprios: Anú, Chimarrita, Chula, Rancheira, Tirana, Pericom,
Maçarico, Pezinho, Balaio, Tirana-do-lenço, Quero-mana, Tatu, etc. O
acompanhamento é feito por uma gaita e violão. A coreografia recebe nomes
também distintos: “Passo de juntar”, “Passo de marcha”, “Passo de recuo”,
“Passo de valsa”, “Passo de rancheira”, “Sapateio”, etc.
As danças
gaúchas receberam influências de outras, européias, como o Reel escocês, que
gerou o Rilo; a Mazurek polaca, que formou a Mazurca; a Polca-boêmia, a nossa
Polca; a Schottish dos escoceses que gerou o Xote.
Há de se
considerar ainda o intercâmbio ocorrente na fronteira do Prata, conforme
ocorreu com o Pericom, dança registrada na Argentina e no Uruguai, presente no
solo gaúcho com o mesmo nome.
O principal
traje do gaúcho para o fandango é a pilcha, mas deve ser uma pilcha apropriada
para ocasiões sociais, não é permitido uso de facas, boleadeiras, chapéus,
boinas, bonés, armas de qualquer espécie, coberturas, esporas, tiradores e
outros recursos “campeiros” que devem ficar guardados em outro local por não
serem próprios para a sala de baile.
O
Movimento Tradicionalista Gaúcho faz recomendações quanto ao uso da pilcha do
peão e da prenda em ambos os casos preservam o princípio de serem simples,
discretas e bem cuidadas. Também é importante notar que existe uma Lei Estadual
que reconhece e formaliza o uso da pilcha em eventos sociais e oficiais do
Estado do Rio Grande do Sul.
A
pilcha é o principal traje para o fandango gaúcho, entretanto em muitas
ocasiões não é comum o seu uso, porém isso não impede a realização do fandango.
Exceto em bailes oficiais de entidades tradicionalistas, os trajes sociais ou
auto-esporte para homens e vestidos recatados, discretos e sem adornos
excessivos para as mulheres geralmente ficam bem aos pares dançantes sem causar
prejuízos à beleza e o andamento do baile.
Nenhum comentário:
Postar um comentário